Saúde e educação sexual no contexto escolar para a promoção do autocuidado
DOI:
https://doi.org/10.36560/16820231767Palavras-chave:
Sexualidades. Escola. Adolescência. Juventude.Resumo
A escola é o ambiente onde todas as características sociais se moldam e se refletem, portanto, é fundamental estabelecer discussões capazes de dialogar com aspectos cotidianos dos jovens e dos adolescentes. São várias as questões ligadas a essa fase da vida que precisam ser discutidas, por exemplo: poder a partir do machismo estrutural, bem-estar do corpo e da mente, preconceito, anseios sexuais, prazer, etc. A sexualidade humana compreende aspectos diversificados e complexos, uma vez que norteia a relação com o corpo, os afetos e com os relacionamentos interpessoais. Este artigo tem como objetivo, apresentar a necessidade da implementação da educação sexual nas escolas, além de alertar para a urgência de discutir acerca de outros problemas sociais do dia a dia dos jovens e adolescentes, como o autocuidado com o corpo e a mente. Para isso, foi empregado um estudo retrospectivo, descritivo, observacional, de corte transversal com abordagem qualiquantitativa, acerca do grau de conhecimento e envolvimento dos jovens com a vida sexual, a partir de uma pesquisa-ação anteriormente realizada, onde foram entrevistados 125 estudantes do sexo masculino, de 17 Escolas Públicas do Estado de Pernambuco, com idades entre 15 e 57 anos, moradores de 31 bairros localizados na cidade do Recife-PE. O propósito é exprimir a necessidade de ações interventivas que possam reverter às lacunas da falta de informação, bem como, da importância de espaços destinados à discussão e educação sexuais que são tão conflitantes, sobretudo, na fase da puberdade, contribuindo ainda, para que possamos ter índices cada vez menos preocupantes, quanto a saúde e o bem-estar social da população.
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