Aplicação foliar de silício no crescimento e produtividade do tomate de mesa

Resumen

O objetivo deste trabalho foi investigar diferentes doses de silício (Si), aplicados via foliar, no crescimento e produtividade do tomateiro. Para isso, plantas de tomate, Solanum lycopersicum, variedade Santa Clara, cresceram em vasos plásticos contendo 8 dm³ de substrato no interior da casa de vegetação do Instituto Federal Catarinense, Campus Videira. As plantas cresceram com o substrato mantido próxima a capacidade de campo até o final do experimento, com duração de 121 dias após o transplante (DAT) das mudas para os vasos. O controle da irrigação foi realizado pelo método gravimétrico (pesagem diária dos vasos), adicionando-se água até que a massa do vaso atingisse o valor prévio determinado, considerando-se a massa do solo e de água. A aplicação das doses de Si foi realizada através de um pulverizador manual com capacidade de 500 mL e um bico tipo leque para aplicação. Plantas controles onde não foram aplicadas o Si, foram pulverizadas com água destilada. Utilizou-se o fertilizante foliar mineral simples silicato de potássio (Flex Silício^®) nas doses: 0,0 ml/L (Controle), 2,0; 4,0; 6,0 e 8,0 ml/L de silicato de potássio, em quatro aplicações, realizadas aos 40, 55, 70 e 85 DAT. O experimento foi montado num delineamento inteiramente casualizado, com quatro repetições, em cinco níveis de doses do silicato de potássio (0,0; 2,0; 4,0; 6,0 e 8,0 ml/L). Cada unidade experimental foi composta de um vaso plástico contendo uma planta. Os dados foram submetidos à análise de variância, e os tratamentos comparados pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade, utilizando o software R^®, versão 4.3.2. A determinação da altura, do diâmetro do coleto, do número de frutos verdes e maduros, do peso dos frutos maduros colhidos, da produção por planta e os índices de clorofila a, b e total foram realizadas quatro avaliações do tomateiro, aos 100, 107, 114 e 121 DAT. Também foi avaliada a matéria seca da raiz, da haste e ramos, da raiz e total (folha, haste e ramos; e raiz) no final do experimento, aos 121 DAT. Para estimar a produtividade, considou-se um espaçamento de 100 x 50 cm em um hectare (ha), contabilizando 20 mil plantas/ha. De acordo com os resultados obtidos foi observado que o fornecimento de Si, não beneficiou o crescimento em altura e o diâmetro do coleto, assim como não contribuiu para incrementos do índice de clorofila a, b e total. Entretanto, a aplicação de Si, favoreceu o incremento significativo da matéria seca da raiz e total, principalmente nas doses de 2,0 e 4,0 ml/L de silicato de potássio. A menor dose de silicato de potássio (2,0 ml/L) favoreceu significativamente a produção e a estimativa de produtividade em relação às maiores doses utilizadas de 6,0 e 8,0 ml/L. Não houve efeito significativo na produção do tomateiro pelo fornecimento de Si nas doses crescentes de silicato de potássio em relação o tratamento controle (0,0 ml/L).